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Gartner – Quadrante Mágico BI 2021
Como será o profissional contábil do futuro?
Assim como outros segmentos, o universo contábil também está sujeito a mudanças impactantes e inovações
Por Régis Lima* – https://cio.com.br/como-sera-o-profissional-contabil-do-futuro/
O mercado, como um todo, passa por diversas e constantes mudanças. A Transformação Digital e suas consequências práticas para o ambiente empresarial, surge como um fenômeno de peso inquestionável na formação de novos profissionais, em harmonia com o que se espera em termos tecnológicos. Para escritórios e departamentos de contabilidade, isso se mostra ainda mais presente no cotidiano operacional. Trata-se de um meio extremamente dinâmico, onde a flexibilidade é fator chave para a obtenção de desempenhos satisfatórios.
A noção da figura de um contador limitado a lidar somente com a legislação e cálculos complexos está sendo gradualmente desmistificada. Hoje, é indispensável possuir uma visão ampla do negócio que está inserido, a fim de se destacar em um segmento competitivo. No entanto, não existe uma fórmula de sucesso a ser seguida. É na prática que se observa as nuances subjetivas tão características do setor, mas elas não devem ser encaradas de forma negativa, pelo contrário. É nas adversidades que a mentalidade inovadora se destaca.
Nesse sentido, a fim de elucidar caminhos seguros de aprimoramento para profissionais da área, busquei indicar tópicos fundamentais na projeção do futuro contábil brasileiro. Acompanhe!
Os benefícios de uma gestão contábil otimizada
A chegada de softwares e soluções tecnológicas transformou a visão informacional de empresas de todos os tamanhos e segmentos. No aspecto contábil, isso se destaca na medida em que se costuma lidar com um fluxo pesado de dados e informações. Com a tendência de cada vez mais áreas contábeis aderindo a consolidação desses materiais por ERPs (Sistemas de gestão empresarial), torna-se potencialmente assertiva a forma como o profissional de contabilidade lida com os dados à sua disposição.
Segundo uma pesquisa recente publicada pela Universidade de Oxford, estima-se que até 2025, 98% das atividades típicas de um contador serão substituídas por ferramentas de Inteligência Artificial. Essa mudança não deve ser classificada com pessimismo pelos especialistas da área, pelo contrário, possibilitarão que contadores deixem atividades exaustivas para direcionar suas atenções a tarefas mais estratégicas e subjetivas, que exigem o cuidado humano.
Cloud computing: o futuro está na nuvem
Outra inovação crescente no vocabulário contábil é a adoção de sistemas de armazenamento em nuvem. Podendo ser alojada remotamente, em servidores externos seguros, trata-se de uma solução capaz de englobar arquivos com maior disponibilidade e acessibilidade, facilitando a vida do profissional. Uma conexão sólida com a internet é o suficiente para manter o serviço ativo.
Sob a ótica da empresa, as contribuições são várias e influenciam positivamente na velocidade dos processos, utilizando de informações integradas e centralizadas como uma espécie de banco de dados. No fim das contas, a automatização de procedimentos consolidou-se como uma via necessária de simplificação e assertividade. E cabe ao contador usufruir desses benefícios.
Participação estratégica no negócio dos clientes
Com esse embasamento prévio e o respaldo tecnológico, os profissionais de contabilidade poderão fazer com que seus clientes tenham acesso à informação certa antes mesmo da emissão de arquivos fiscais. Serviços de auditoria também ganham um papel muito mais estratégico. São elementos que compõem a dinamicidade tão exigida atualmente, assim como a experiência personalizada de acordo com as necessidades de cada cliente.
Otimização fiscal, armazenamento de dados e agilidade nos processos são tendências que precisam passar pela autorreflexão do profissional contábil. Reinventar-se é um movimento natural entre carreiras de diversos segmentos, e é essencial que nós, como profissionais antenados às novas tendências, nos comprometemos em acompanhar a Transformação Digital de acordo com seus benefícios!
*Régis Lima tem mais de 20 anos de experiência em Gestão de Equipes e atuação em cargos executivos de empresas nacionais e multinacionais do mercado de TI. Atualmente é diretor executivo na Lumen IT
Conferência Gartner 2020 – Data & Analytics
Será realizada em São Paulo (19 e 20 de maio) a Conferência Gartner sobre Data & Analytics.
Para maiores informações e inscrições clique em
https://www.gartner.com/pt-br/conferences/la/data-analytics-brazil
Gartner – Quadrante Mágico para BI e Analytics 2020
Executivos sem noção do mundo digital já são substituídos em grandes empresas
Um teste aplicado a 30 mil profissionais de 25 países, incluindo o Brasil, mostrou que os altos executivos de grandes empresas não estão preparados para os desafios da economia digital e não têm ferramentas para se adaptar às exigências de um consumidor cada vez mais conectado. Entre presidentes e altos executivos, só 22% receberam uma avaliação positiva no teste sobre transformações digitais. Ou seja: quase 80% desses profissionais têm pouca ou nenhuma noção sobre a nova economia.
No Brasil, o teste desenvolvido pela consultoria espanhola Foxize começou a ser aplicado em processos seletivos de alto escalão há cinco meses. E a falta de conhecimento sobre internet, e-commerce e comunicação em tempo real pode ser motivo para substituição de executivos, de acordo com Marcus Giorgi, sócio da Exec, parceira da Foxize no País. Em algumas empresas, diz ele, todos os altos executivos estão sendo convidados a avaliar seu nível de conhecimento sobre o mundo digital.
Substituição radical
Embora a falta de intimidade com o mundo digital possa ser amenizada em treinamentos, há grandes negócios que estão tomando simplesmente o caminho da substituição de equipes, muitas vezes de forma radical. No caso da agência de publicidade Young & Rubicam, por exemplo, 70% da equipe foi trocada ao longo dos últimos três anos, de acordo com o presidente da empresa, David Laloum.
Laloum diz que não houve demissões em massa, mas que, entre o fim de 2017 e o início de 2018, houve um processo de transformação mais firme do time. “Existe uma necessidade clara por novas habilidades para acompanhar as necessidades dos nossos clientes”, diz o executivo da Y&R, que atende a empresas como Habib’s, Via Varejo (dona de Casas Bahia e Ponto Frio), Santander e Vivo.
Para garantir acesso rápido a novidades do setor de marketing, a agência fez uma parceria com a ‘hub’ de startups Distrito para a busca de negócios que tragam inovação na hora de promover marcas na internet.
O fundador do Grupo Habib’s, Alberto Saraiva, também contou ao Estado que desativou sua equipe de tecnologia da informação (TI) e criou uma área de estratégias digitais. No processo, a maior parte da equipe foi demitida, incluindo a liderança. “O meu diretor anterior era um profissional muito bom, mas tinha um pensamento muito analógico.”
Grupo familiar
Mesmo em empresas familiares, a capacidade de se adaptar a demandas digitais também está sendo valorizada. O atacarejo Tenda, que tem 34 lojas e fatura R$ 3,5 bilhões ao ano, contratou há três meses o executivo Flávio Borges para a diretoria financeira. O executivo, que antes atuava na SPC Brasil – que oferece inteligência de mercado sobre crédito –, teve de fazer o teste da Foxize.
“Mesmo na área financeira, é preciso ter alguém que compreenda as necessidades da transformação digital e que consiga adaptar os sistemas para fazer frente a esses desafios”, diz Borges, de 34 anos. “Cada vez mais é necessário que se entenda quais produtos o cliente está adquirindo, qual é a forma de pagamento usada por ele e que canais ele usa para fazer compras. E ter a capacidade de gerar relatórios sobre toda essa jornada.”
Borges chegou ao Tenda bem no meio de uma revolução digital. A empresa está para lançar um e-commerce que entregará os produtos diretamente na casa do consumidor e também vai instalar lockers (armários) que permitirão que o cliente faça as compras com antecedência e depois só retire os produtos em pontos instalados dentro e fora das lojas.
Treinamento interno
Se o desempenho dos altos executivos no teste sobre economia digital é ruim, um alento vem dos resultados do nível de gerência – que são bem mais animadores. Enquanto apenas 22% dos diretores e presidentes mostram intimidade com a atuação digital, esse índice se inverte e chega a 74% de avaliações positivas no nível de gerência. Logo, uma interação mais próxima entre os dois níveis hierárquicos poderia trazer resultados positivos.
O curioso, segundo a pesquisa, é que os profissionais de 35 a 45 anos são os mais bem avaliados no levantamento. Isso ocorre, segundo Giorgi, da Exec, porque os profissionais mais jovens, de até 35 anos, mostram bom conhecimento sobre ferramentas digitais, mas acabam mostrando pouca cautela em relação a um assunto muito caro aos consumidores: a segurança de suas informações.
Além de aplicar o teste, a Exec afirma que os executivos avaliados passam por uma entrevista posterior relacionada a hábitos digitais. A entrevista funciona como uma checagem de segurança: se o profissional tentou “enganar” a pesquisa com respostas que não correspondem à realidade, pode ter seu “eu analógico” desmascarado ao ser pressionado por cerca de uma hora de “interrogatório”.
Entenda o teste
Os principais pontos do teste da Foxize são:
- Cultura digital: habilidade para compreender oportunidades da economia digital tanto na vida pessoal quanto na profissional
- Gestão da informação: capacidade de usar canais digitais para buscar informações e compartilhar dados com a equipe em tempo real
- Comunicação digital: uso de ferramentas profissionais para compartilhar documentos e informações com a equipe de forma segura
- Identidade digital: como o executivo está representado na web e a qualidade dos perfis em redes sociais, em especial o LinkedIn
- Capacidade de trabalho em rede: análise do tamanho e da qualidade do networking do executivo em meios digitais
- Visão estratégica: conhecimento de como o uso de ferramentas digitais pode trazer eficiência e velocidade à realização de tarefas
- Segurança de dados: como a pessoa protege suas informações na rede, em nível profissional e pessoal; envolve conhecimento sobre malwares e gestão de senhas
Desafio da tecnologia
Nos níveis hierárquicos mais altos, executivos têm dificuldades para entender as demandas da economia digital
Avaliação no teste
Diretores executivos e presidentes de empresas
- Boa – 22%
- Regular – 51%
- Ruim 27%
Nível de gerência
- Boa – 74%
- Regular – 21%
Ruim – 5%
Total de boas avaliações por idade
- 55-65 anos – 18%
- 35-45 anos – 48%
- 25-25 anos – 27%
- outros – 7%
Fonte: Exec
Organizações que investem em dados faturam até 53% mais
Fonte: https://inforchannel.com.br/organizacoes-que-investem-em-dados-faturam-ate-53-mais/
Apesar dos indícios de retomada, o mercado segue cauteloso em relação ao cenário econômico, mas as projeções demonstram que investimentos estratégicos em áreas como gestão, marketing e vendas tendem a ser uma das alavancas para assegurar expansão no andamento do ano.
A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2019, em relação ao primeiro trimestre do ano, sendo o melhor resultado para o período desde 2013, segundo o IBGE. Já a média das projeções para a expansão geral no país este ano permanece inalterada, em 0,82%, conforme o Banco Central.
Setorialmente, os números também mostram otimismo. No varejo, o primeiro semestre do ano encerrou com crescimento de 2,1%, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Na indústria também houve alta, ainda que leve: 0,3% no comparativo junho-maio, segundo a CNI.
Apesar dos indícios de retomada, o mercado segue cauteloso em relação ao cenário econômico, mas as projeções demonstram que investimentos estratégicos em áreas como gestão, marketing e vendas tendem a ser uma das alavancas para assegurar expansão no andamento do ano.
Dentre tais investimentos, a tecnologia e os dados despontam: um levantamento da TNS Researchs indica que organizações que destinam recursos a inteligência de dados, Big Data e mobilidade tendem a aumentar suas receitas em até 53% a mais do que aquelas que não o fazem.
Para o especialista na área de Business Intelligence e Business Analytics, Douglas Scheibler, o apontamento faz todo o sentido, já que acompanhar o ritmo da economia e manter a competitividade são movimentos que requerem atenção a tudo o que puder incrementar o poder de decisão e gestão das empresas de todos os setores.
“Dentre estes incrementos, a tecnologia de análise de dados pode ser uma aposta certeira. Capazes de melhorar o trabalho das organizações com base em informação, gerando insights que podem impulsionar as tomadas de decisão, sistemas como BI e BA surgem como as alavancas necessárias para recobrar o impulso diante da tímida retomada do mercado nacional”, afirma o executivo.
Scheibler, que é CEO da BIMachine, acrescenta que, em âmbito nacional, há também uma tendência adicional das empresas no sentido de se reinventar, por meio da inovação nos negócios, produtos e serviços.
“Isto deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade. Um desafio que pode trazer grandes resultados, mas que, se não for acompanhado por parceiros de confiança no arcabouço tecnológico e consultivo, pode guardar armadilhas”, alerta o especialista.
Ainda de acordo com o CEO, as já citadas tecnologias de inteligência de dados são um caminho seguro para acelerar a disrupção dos negócios, já que auxiliam na orientação da gestão, nas tomadas de decisão, na obtenção de novas oportunidades, na redução de custos e, como consequência, no aumento de vantagem competitiva e do tão almejado lucro.
“Com a utilização de soluções voltadas a dados, as empresas podem transformar suas informações em ativos valiosos, gerando maior capacidade produtiva e competitiva em todas as suas áreas de atuação”, destaca o executivo. “Indústria, varejo, agronegócio, serviços: não há atividade que não possa se beneficiar do uso destas tecnologias”, conclui.
“Isto deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade. Um desafio que pode trazer grandes resultados, mas que, se não for acompanhado por parceiros de confiança no arcabouço tecnológico e consultivo, pode guardar armadilhas”
Indústria 4.0 só é real para 1,6%
Maurício Renner – sexta, 15/12/2017 15:00 – baguete.com.br
A indústria 4.0, um dos termos da moda do ano de 2017, só é realidade hoje em 1,6% das empresas brasileiras do setor industrial. Em 10 anos, a projeção é de que cheguem lá 21,8%.
Os números, que induzem um certo grau de sobriedade em torno do hype montado por fornecedores de tecnologia ao redor do tema, são parte da pesquisa com 759 grandes e médias empresas realizada pelo Projeto Indústria 2027, uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com os institutos de economia da UFRJ e Unicamp.
O cenário deve mudar devagar. De acordo com a pesquisa, só 15,1% dos pesquisados tem projetos em adoção nas áreas de internet das coisas, inteligência artificial, armazenamento em nuvem e big data, cuja combinação gera o cenário de manufatura avançada descrito pelo termo Indústria 4.0.
A maioria (45,6%) está realizando estudos iniciais ou têm planos aprovados sem execução. Por fim, 39,4% não têm nenhuma ação prevista no tema.
Para chegar ao diagnóstico, a pesquisa estabeleceu classificações de quatro gerações de tecnologias digitais.
A Geração 1 é a produção rígida, com uso pontual de tecnologias da informação e comunicação (TIC) e automação rígida e isolada.
A Geração 2 envolve automação flexível ou semi-flexível, com uso de TICs sem integração ou integração apenas parcial entre áreas da empresa.
Já a Geração 3 consiste no uso de TICs integradas e conectadas em todas as atividades e áreas da empresa.
A Geração 4, também chamada de produção conectada e inteligente, tem tecnologias da informação integradas, fábricas conectadas e processos inteligentes, com capacidade de subsidiar gestores com informações para tomada de decisão: o cenário descrito nas previsões sobre a Indústria 4.0.
Atualmente, segundo o estudo, 77,8% das empresas brasileiras ainda estão nas gerações tecnológicas 1 e 2.
Os dados mostram, no entanto, que as empresas estão cientes da importância da tecnologia no quadro futuro.
Para 67,5% delas, aquelas empresas mais avançadas avançadas terão alto ou muito alto impacto no setor onde atuam.
Para 77,3% dos ouvidos, há probabilidade alta ou muito alta de as tecnologias digitais serem dominantes no relacionamento com os fornecedores. Para 71,3%, o mesmo acontecerá na relação das empresas com seus consumidores.
“É preciso disparar o processo de adoção dessas tecnologias, principalmente porque as transformações acontecem em alta velocidade e atrasos comprometem ainda mais a capacidade das empresas acompanharem a onda tecnológica”, afirma o economista e coordenador-adjunto do Indústria 2027, David Kupfer,
De acordo com Kupfer, é necessária maior mobilização para gerar um “movimento consolidado para equiparar o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira ao de países como Alemanha e Estados Unidos”.
A verdade é que já existem algumas movimentações em curso. O estado mais adiantado em relação ao tema é Santa Catarina, que combina uma base industrial forte com ecossistema desenvolvido de empresas de tecnologia.
Em agosto do ano passado, Joinville, principal cidade industrial do estado, passou a sediar a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), formada pela Fiesc em parceria com a Pollux Automation e a Embraco com a meta de replicar no Brasil o trabalho do Industrial Internet Consortium (IIC).
O ICC foi fundado em 2014 e reúne reúne players mundiais de tecnología como AT&T, IBM, GE e Intel, além de organizações como a GS1, visando a promoção de padrões de Internet Industrial que permitam massificar a Indústria 4.0. Neste ano, a ABII se tornou associada.
Outra movimentação em nível catarinense foi a parceria entre a Vertical Manufatura da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) lançaram o Cluster Nacional para a Indústria 4.0.
O objetivo do cluster é “acelerar a adoção dos conceitos” relacionados à Indústria 4.0, explicam as entidades.
Isso será feito por uma aproximação entre as empresas fornecedoras de tecnologias como sensores, software analítico e processamento de dados na nuvem, agrupadas na Acate, e os potenciais compradores interessados em turbinar suas linhas de montagem e produtos finais, representados pela Abimaq.
São Paulo, que reúne a maior parte da base industrial do país, está reagindo nos últimos tempos.
A Fapesp fechou um acordo que agilizará o acesso a crédito e investimento do BNDES para startups e empresas já apoiadas pela fundação de paulista de apoio à pesquisa nas áreas de Indústria 4.0 e Internet das Coisas.
O convênio é uma tacada e tanto para a Fapesp, que se torna a primeira instituição em nível estadual com uma parceria desse tipo com o BNDES.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Fiesp, lançaram um programa similar fechado entre a Acate e Abimaq, batizado de Rumo à Indústria 4.0.
A nível de governo, a principal movimentação é o Plano Nacional de Internet das Coisas previsto para ser lançado ainda este ano.
Em fase de estudos técnicos, o plano deve incluir a criação de um ecossistema de inovação; a construção de um Observatório de IoT, uma plataforma online para acompanhamento das iniciativas do Plano Nacional de IoT; e a elaboração de uma cartilha para gestores públicos, sobretudo, para a contratação de soluções de Internet das Coisas para cidades inteligentes.
Quem quer fazer apps está 10 anos atrasado
Júlia Merker — Baguete.com.br – sexta, 01/12/2017 18:14
Apesar da dependência dos smartphones ser uma realidade, criar apps é coisa do passado. É isso que acredita Andreas Blazoudakis, co-fundador da Movile, focada em plataformas O2O (online to offline), que foi o palestrante do Mesas TI, do Seprorgs, desta sexta-feira, 01/12.
Andreas Blazoudakis, co-fundador da Movile. Foto: Divulgação/Seprorgs.
Movile investe R$ 15 milhões na Sympla
O portfólio da Movile é composto hoje por plataformas como iFood, PlayKids, MapLink, Rapiddo, Sympla, entre outras.
“Quem está pensando em criar um aplicativo está 10 anos atrasado. O usuário não aguenta mais ter que baixar um app para cada assunto. O futuro está na inserção de aplicativos dentro de ferramentas de chat”, relata Blazoudakis.
O modelo apontado pelo empreendedor como tendência é realidade na China, que tem no aplicativo WeChat a concentração de diversos serviços – como pedido de delivery ou transferência de dinheiro.
A ferramenta chinesa tem 980 milhões de usuários ativos mensais, com 38 bilhões de mensagens enviadas diariamente.
“A partir de algumas pesquisas constatei que em 6 anos, a Apple Store e a Google Play publicaram mais de 5 milhões de apps em suas lojas. Somente em 3 anos, o WeChat distribuiu mais de 10 milhões de apps”, destaca o co-fundador da Movile.
O novo comportamento do consumidor apontado pelo executivo é respaldado por uma pesquisa recente da consultoria global Adeven.
De acordo com o estudo, no mercado norte-americano, o número de downloads de apps vem caindo 20% a cada ano desde 2015. Além disso, mais de 65% dos usuários de smartphones não fazem nenhum download de aplicativo por mês.
E, mesmo quando baixam mais ferramentas, os usuários de smartphones gastam 80% do tempo usando apenas cinco apps.
Com as mudanças rápidas no cenário da tecnologia, hoje Blazoudakis tem a função de reinventar as ferramentas do portfólio da Movile.
“Faz quatro anos que meu trabalho é destruir tudo que a empresa constrói”, diverte-se.
Ao longo de sua carreira, Blazoudakis participou da fundação de 17 startups. Hoje, 3 das ainda ativas são avaliadas em mais de R$ 200 milhões: Movile, PlayKids e Delivery Center (a mais recente iniciativa do empreendedor).
Em junho, a Movile recebeu mais uma rodada de investimentos da Naspers, grupo global de internet e entretenimento, e do fundo de investimentos Innova Capital. O valor do aporte foi de US$ 30 milhões.